Os dias passam...
O jeito de olhar passa...
Os pensamentos se perdem no vento do querer. As lágrimas molham o distante, descompensando o ritmado coração. O vazio surge logo depois de cada interrogação.
O som da solidão é muda. A depressão é um encontro com o ontem. O travesseiro é o melhor amigo que lhe toca o rosto. O só é como uma varanda com duas cadeiras; você em uma e a outra vazia. A esperança é como um novo dia trazendo à leveza do amor ao trabalho, e como é bom ser produtivo todos os dias, para que seja possível no silêncio da alma na nova noite desnudar o cristalizado em mais novos dias.
O tempo é uma poesia sem rima, onde o que é de dentro existe; porque já se exprimiu fora e sem concretos futuros. Não deixe que façam de você, o que o rio não faz com o sol. O singular não precisa do plural para se conhecer em si mesmo, e o relógio se remodela na forma da idade, sem envelhecer a sabedoria e a síntese do que foi possível evoluir.
Nada precisa ser perfeito ou tão somente um artigo definido, sem pretéritos ou conjunções de signos e astros. Não se deixe desiludir. Ninguém pode preencher o vazio que só você conhece. Ninguém pode te acompanhar até o fim, porque a morte é uma passagem que se faz só, e o amor será diferente em tudo que plantou em individualidade.
Deixe as carroças cheias, distancie de pessoas que só plantam tempestades, amigos verdadeiros não tomam posse de ti e sob o inconformismo que não lhe pertence. Não se alimente daquilo que lhe liberta com críticas, julgamentos ou verdades excludentes, bloqueie o mal, sem se arrepender na decepção ou reagir no próprio mau. Amigos sinceros não mordem no escuro, as trevas procuram qualquer ouvido que desatento, se escurece fácil.
E saiba:
Deus é a loucura perfeita, os Caboclos meu melhor açoite de evolução, é no colo dos Pretos Velhos que aprendo a trocar as lágrimas, por "contas" de fé no crucifixo transformador. Eu acho que o tempo que passa tão rápido que demora quando o "agora" é um extrato na dor. Tudo é passagem e somos aprendizes nos tombos e no levantar, nesse momento seguro no laço do boiadeiro, por mais que a palavra te ajude quem escala a montanha é só você. Procure na natureza do olhar a singela alegria temporal do seu "Ere". Bailo minhas alegrias e tristezas na fogueira do povo Cigano, resgato minha ranhuras na força destemida de enfrentar a mim mesmo, sob a proteção dos guardiões e com eles depuro de mim meu pretérito desperto pelo desconhecido instinto, mesmo em meio às cicatrizes das minhas aspiração.
Hoje só eu posso me dar, o que só eu tenho já construído para me abraçar, e respeitar quem nem, a si têm. Agradeço todos os dias por ter um Mar de Capitão para me guiar para a luz do farol no Mar, e como cais quando regresso, um coqueiro para me alegrar à esperança.
Salve os Caboclos e o senhor Tupinambá, é dele que vem minha força para respirar...
Salve à todos os meus amigos espirituais e aos transeuntes que estão por aqui por passagem, e esquecidos por muitos que acharam que morreram e que vivem no elo do fim sem mais meios de volta.
Como é bom aprender e quando for o momento, partir para recomeçar de novo por aqui.
Comments